Medo do amor

Poetizar

Tenho medo do amor
Não do amor propriamente dito
Mas de me apaixonar
Porque estar apaixonado muitas vezes é
Estar refém
Talvez até cego
Ou viver por isso
Seja por dias, meses ou anos
Mas é estar entregue…
Completamente…
E é bom… Maravilhoso até
Prazeroso eu diria também
E a evolução do diagnóstico
Muitas vezes é amor
Aquele mundo colorido de carinho
De emoção sem razão
De desejo e, olha aí, prazer de novo
Seus dias parecem longos longe
E perto as horas voam
De cada dez pensamentos
Onze são do ser amado
E tudo tem outro sentido
Os lugares outras cores
E os momentos são eternizados
Nunca mais aquela música será a mesma
Nunca mais aquele filme será igual
Nunca mais você quer estar sozinho
Tudo guardado em milhares de fotos
As pessoas não veem mais só você
E nenhuma das tuas poesias são só suas
E a felicidade é seu sobrenome…
Mas… de repente (ou não tão de repente)
Tudo pode acabar
Teu castelo de cartas desmorona
E se você não sabe o porquê
A dor é tamanha
Que ninguém vai entender
Quando te dizem: acabou
E em um segundo você revisa tudo
E não encontra uma briga sequer
Mas mesmo assim e simples assim
A pessoa se vai…
Dói demais… Muito mesmo.
E você finge não amar mais
Se apega numa amizade por quem amou
Mesmo que te cause dor
Toda vez que a abraçar
Dizer tchau sem beijar
E voltar em lágrimas pra casa…
O tempo faz você se conformar
Mas o coração se fecha
E assim você descobre:
Tenho medo de amar de novo…

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Amo alguém…

Poetizar

Quer saber? Como estou?“Tô daquele mesmo jeito que você deixouNão cansei de esperarNossas bocas ocupando o mesmo lugarE elas vão brindar o amor, o amor

Eu amo alguém

Com toda aquela força do coração

Dói só de saber que ela não me ama

Ou ama mas não tem coragem de viver

Penso nela todos os dias

Sejam nos dias quentes

Ou nas manhãs frias

E fico feliz com seu bom dia

Ou seu boa noite, como foi seu dia?

É o bálsamo para minha ferida

Amo alguém que já me amou também

Que já me beijou, fez carinho

Não ficava longe e dormia comigo

Alguém cujo sorriso é lindo

Cujos os sonhos dividiu comigo

E soube me tirar do meu canto

Mas será que acabou o encanto?

O dela não o meu…

Amo alguém

Que tem meu coração refém

E nunca vou pagar o resgate

Mas fico aqui só torcendo

Que num desses ventos de agosto

Eu tenho o gosto

De tê-la de novo…

Amo alguém

Mesmo sabendo que o tempo

Talvez não cure minha dor…

Mas o tempo vai me fazer feliz como estou

Sozinho…

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Os versos chovem sobre mim

Poetizar

Os versos chovem sobre mim
Como as estrelas cadentes
Gotas de luz…
Pontuando o céu
Na longa noite mais bela
E me distrair olhando a beleza
De cada estrela brindando a lua
A Estrela D’Alva é um planeta
E eu revejo o Cruzeiro do Sul
Na escuridão da madrugada
São tantas estrelas reluzentes
E outras tão apagadas
Deito no chão
Divagando sobre o que escrever
Encantado e maravilhado
Pelos mistérios
Que nem consigo compreender
Essa linda poesia do universo
Que ainda não consigo descrever…

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Querer alcançar o universo do teu olhar

Poetizar

Como posso eu
Querer alcançar o universo do teu olhar
E orbitar a galáxia dos teus olhos
Se não tenho coragem de chegar perto?
Será que em uma dessas noites
Entre milhares de noites
Você se pegou pensando em mim?
Como posso eu
Imaginar teu cheiro
Embriagar-me no teu perfume
Se nunca senti?
Como posso eu
Imaginar teus beijos
Apenas pelo desejo que tenho de ti?
Perguntas sem respostas
Ou nascidas da minha timidez…
Sou escritor simples
De versos que parecem imberbes
Mas cá estou já vetusto…
Só não perdi a longeva acanhação
Que me debilitava na tenra idade…
Escrever é mais fácil…
Seja na sutileza dos versos
Ou na clareza das palavras diretas…
Queria aventurar-me na coragem
Quem sabe sem a timidez que me envolve
Talvez eu fosse mais eficaz
Ou apenas mais um inconveniente
Em meio a um bando de tolos…
Deixa eu me conformar como eu sou
Na educação que não dispenso
No carinho do momento certo…
E cada vez que eu amar
Se eu tiver a chance…
Será tão intenso e tão sincero
Que pouco vai importar
O tempo que demorou
Mas eu vou olhar-te e dizer:
Eu quero você
Desde o primeiro “oi”
Desde o primeiro sonho
Aí descobrirá
Que ainda existem
Pessoas românticas…
Tímidas, mas românticas
A espera do seu sim
Que as flores não percam a beleza
Porque sei que tu
Jamais deixará de ser bela…
Se puder dê um sorriso
É isso que faz valer a pena…

Pra musa de meus versos
Mesmo que ela não saiba…
Ou sabe sem me contar…
Ou é apenas mais um sonho meu…

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Urgência

Poetizar

De repente a vida dá uma guinada
E você é tomado de uma urgência
Quase absurda de fazer tudo
O que ficou pra trás?
O que precisa ser resolvido?

De repente percebo que deixei-me levar
Por medo, timidez, desânimo
Por falta de acreditar que pode ser
Pode ser que eu esteja apaixonado
Pode ser que eu queira estar
E eu sei por quem…
Mas evitava acreditar…
Mas de repente
Não mais que de repente
Posso não ter mais tempo…

Que doidera é isso….
Porque perco tempo
Achando que vou sofrer?
Se eu não experimentar
Não posso saber
Se é doce, ou amargo
Se vou gostar ou não….

Como diz uma grande e linda poeta
” Eu tenho enho medo de passarinho
De esquecer como voar”
Esse também é meu medo
Mas de repente não tenho muito tempo
Pra não tentar…. E hoje eu sei disso
E como sei….

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Fácil?

Poetizar

Fácil dizer te amo
Se as palavras forem engano
E de amor não existir nada…
Fácil dizer amo por nós dois
Sabendo que não existe amor
Que não seja compartilhado
Fácil chorar implorando pela volta
Se depois tudo será igual
Fácil dizer eu te odeio
Se na verdade o ódio é por você mesmo
Ter tido a inocência de acreditar
Fácil sentir falta
Sem lembrar que quando estava junto
Não sabia valorizar
Fácil não esquecer o aniversário
Quando é o Facebook que te lembra
Fácil não ser mesquinho
Gastar o dinheiro com alguém
Se no momento de crise
Isso tudo será jogado na casa
Coração não é feito de nuvens
Que se dissipam ao sabor do vento
Que muitas vezes chora em chuva
Coração é feito de carne e sangue
E apesar de sabermos que para amar
É o cérebro que deve gostar
É sempre no coração que dá dor na gente…

Já não digo te amo
Já não digo te odeio
Já não tenho saudades
Já vivo desespero
Já não sinto falta
Porque quando eu disser, sentir ou agir
Será porque realmente e finalmente
Encontrei o amor.

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Quem dera meus poemas…

Uma Poesia
cris vianna
Cris Viana
Quem me dera se meus poemas
Fossem tão lindos como o amor que sinto
E ninguém quer receber
Porque não me notam…
… ou não querem saber
Ou eu não mereça ter um bem querer
E fazer feliz quem quiser ser
E estar ao meu lado
Ganhando todos os dias uma flor…
Todos os dias um poema
E em cada gesto
Uma declaração de amor
De verdade
Dessas que nascem
Do fundo do coração
Do respeito e do carinho
Do desejo e da paixão
Dessas poesias
Que não escrevo…
Mas que estão aqui
Dentro do meu peito…
Esperando por alguém
Sem saber quem
Se é que tem alguém
Por que nos meus sonhos
Sou feliz… mas acordado
Algo me diz
Que a solidão é sina
Deste poeta sem rimas
Que só quer um dia
dividir o coração
Com quem quer ficar
fazer morada e não passar
Quem sabe…
Quem me dera se
meus versos pudessem ser
O espelho de minh’alma…
assinamilton

Meu pé de pitaya

Prosa

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Na minha casa tem um pé de pitaya

Mas nunca dá frutos..

Vive apaixonado enchendo-se de flores

Que desabrocham a noite

E durante o dia murcham e morrem

Ontem surgiram 25 flores

Hoje todas morreram

Mas nesta noite serão mais 15

E amanhã… nada mais

As flores da noite

Como errantes apaixonados

De dia atraem pássaros, abelhas e maribondos

A noite refletem a lua

Meu pé de pitaya parece apaixonado

Se enfeita com flores

Fica ainda mais bonito

E sai errante sem sair do lugar a procura de um carinho…

Me lembra de um romance

Me inspira a poetizar

Meu pé de pitaya solitário

Tentando amar

Seu caule tem espinhos Não dá pra tocar

Mas suas flores lindas

São um espetáculo pra se admirar

Imagine 25 flores

Tomando conta de tudo

Numa alegria noturna

Que o sol deixa taciturno…

Meu pé de pitaya

Singelo e sozinho

Embeleza de tempos em tempos o meu caminho…

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Os pés de Pitaya precisam de outro pé próximo para que as abelhas e pássaros possam polinizar e assim onde só nascem flores as frutas venham. Este pé de pitaya, da minha casa, tem 10 anos, e só deu uma fruta e apenas uma vez, o resto ele dá flores a cada dois meses. Mas hoje ele deu um número recorde de vinte e cinco flores e para amanhã serão mais 15. As fotos são das flores desta noite/madrugada.

assinamilton

É assustador o que a gente pode fazer por amor

Série: A Voz Dos Versos – 97/100

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Esperar todos os dias o mesmo ônibus

Só pra te encontrar

Olhar você de longe

Sem saber seu nome

Como um adolescente apaixonado…

Mudar tudo por você

Gostar de verde

Quando gostava de azul

Viajar para onde seu coração querer

Por você…

Experimentar sushi

Detestando peixe cru…

Aprender a dançar

Aprender que existem outros filmes

Outros livros

Outros lugares

Viver em constante saudade

Mesmo que quando se passem poucas horas longe

Querer construir um lar

Uma casa para chamar de nossa…

Achar que nada é mais belo

Que o teu sorriso singelo

Amar até transbordar…

É assustador o que a gente pode fazer por amor

Chorar meses a fio

Achar que chegou ao final do rio

Desistir de viver

Tudo por perder você

Perder a graça do mundo

Abraçar a solidão

Correr sem destino

Triste ilusão…

Decidir nunca mais amar

Odiar tudo

Ter saudade de tudo

Lágrimas por tudo…

É assustador o que a gente pode fazer por amor

Seja na alegria

Seja na dor

Seja na saudade

Seja na lembrança

Coração transborda felicidades

Coração se enche de saudades

A poesia mais feliz

Pode ser o poema mais sombrio

Por amor tudo muda

Por amor tudo se move

É assustador o que a gente pode fazer por amor…

Mas todo fim

Abre a possibilidade de um novo livro

Diferente…

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Pedras da estrada

Série: A Voz Dos Versos – 76/100

A estrada tem pedras…

Sinto a vida descalço

Pisando na rua de terra

Sentindo a areia morna e úmida da praia…

Machuco os pés na caminhada

Sento a beira do caminho

O asfalto parece não acabar

Antes corria livre a água

Hoje cimento e mais nada…

Mas ainda assim é paisagem…

Cinza e seca…

Mas paisagem…

No caminha tem pedras

Poemas que não escrevi mais

Rascunhos que não saem do papel

No caminho tem pedras

Sigo sem chinelos

Sentindo o chão duro

A água do rio…

O asfalto quente…

A calçada irregular…

O pó da estrada…

Já disseram uma vez:

“A vida é feita para ser tocada com os pés descalços”

Assim eu vou…

Escrevinhando rimas em cima de pedras

Rascunhando nos muros

Tatuando as árvores… com a palavra Te Amo…

Entregando versos com beijos…

Procurei uma estrada sinuosa

Que levasse ao horizonte

Onde o sol se põe

E a noite rasga o véu da luz…

Onde as pedras sejam montanhas…

E a poesia flui…

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